Oxalá
Um jovem português, exilado em Paris, visita várias vezes o país.
Porque todos os filmes reflectem, de algum modo, quem os faz, Oxalá não foge à regra. Só que, aqui, o cinema assume esse facto, acentua uma certa confessionalidade mostra-se. O lado simpático de Oxalá é essa disponibilidade. É muito claro que este é um filme que se sente mal na sua pele portuguesa do final dos anos 70, que vive fixado, adolescentemenre, na França da Nouvelle Vague. O seu exilado que atravessa, entre o perto e a distância os anos de Abril é, por isso, mais um estrangeiro que um compatriota, alguém cujo descentramento, em relação à realidade portuguesa, é total. Daí que nenhum dos seus gestos tenha consequências, daí que, visivelmente, ele não esteja disposto a pagar nenhum preço pela vida, nem se quer o preço do amor. Dai a impotência. O equívoco.
- Gênero: Drama
- Estúdio: V.O. Filmes, Filmes Castello Lopes, Fundação Calouste Gulbenkian, Nacional Filmes, Scope 4, Bom-Bokas, Sociedade Central Cervejas e Bebidas, G.E.R. (Grupo de Estudos e Realizações), Instituto Português de Cinema (IPC)
- Palavra-chave:
- Fundida: Manuel Baeta Neves, Marta Reynolds, Laura Soveral, Judith Magre, Ruy Furtado, Lia Gama